quinta-feira, 25 de julho de 2013

MOSH PIT SIMULATION


Mega Circle PIT-A7X Crossroads MOSH RIFF


FÍSICA: O MOVIMENTO DOS METALEIROS

  O mosh,"dança" caótica e violenta praticada por metaleiros, assemelha-se ao movimento de um gás, concluiu estudo. 

  Sem saber, metaleiros estão dando uma contribuição importante à cultura ao praticarem uma dança caótica e violenta em concertos de heavy metal, um tipo de rock rápido, distorcido e barulhento. A análise desse comportamento pode ajudar cientistas, engenheiros e arquitetos a salvar vidas.
   A ciência tem estudado o movimento coletivo de pássaros e peixes. E isso tem ajudado a entender movimentos organizados de humanos, como pessoas atravessando faixas de pedestres, entrando e saindo de estações de metrô, caminhando em largas avenidas e mesmo a famosa “ola” nos estádios.
Mas como entender a multidão em fúria ou pânico?  A não ser em computadores, essas situações são difíceis de simular. E, mesmo nas simulações com humanos, os voluntários não se comportam como em uma situação real – e, por motivos claramente éticos, não se pode causar pânico ou medo em lugar cheio de gente para analisar o que acontece.
  O grupo de Jesse Silverberg, da Universidade  Cornell (EUA), encontrou algo bem parecido com isso no som e na fúria dos concertos de heavy metal. Nessas apresentações, é comum que parte da platéia pratique o chamado mosh, um movimento coletivo que se assemelha a choques corporais aleatórios (e, por vezes, violentos) contra a pessoa na vizinhança mais próxima.
 Os pesquisadores analisaram vídeos de platéias de heavy metal postados no YouTube. Aplicaram a eles modelos matemáticos e computacionais, concluindo que o mosh pode ser modelado como um gás em duas dimensões.
 Os resultados ficaram ainda mais interessantes. A equipe notou que, quando o efeito de manada entre os praticantes começa a superar a aleatoriedade inicial do mosh, emerge espontaneamente um movimento ordenado que se assemelha a um vórtice.
 Publicados em Physical Review Lettes (31/05/13), os resultados, dizem os autores, podem ajudar a entender o movimento coletivo de humanos em situações extremas de medo ou fúria e ajudar engenheiros, arquitetos e planejadores públicos a projetar ambientes para evitar ferimentos e até mortes de pessoas.

 Para os que se interessaram pelo assunto, o grupo de Silverberg tem uma página ( em inglês) com vídeos e simulações ( http://bit.ly/X7hcCR)